Resumo
Várias foram as crises que se apresentaram e foram fortemente atravessadas pela civilização dentro de uma realidade complexa fruto de um capitalismo exploratório e seus vários desdobramentos. Neste contexto, este artigo tem como objetivo analisar o campo semântico do Bem Viver à luz das Constituições do Equador, Bolívia e no Brasil os direitos dos povos indígenas. A metodologia é pautada na revisão teórico-crítica, em levantamento bibliográfico e documental e em experiências desses países. Os resultados apontam os modelos e propostas pós-desenvolvimentistas e alternativas sistêmicas que surgiram nos últimos anos e auxiliam a ruptura com o crescimento a todo custo, bem como o BV, que pode ser considerado como uma das alternativas sistêmicas ao desenvolvimento hegemônico gerado pela crise civilizatória dentre tantas outras para mudanças de rumo. Os povos originários e as comunidades tradicionais, com seus saberes ancestrais e seus modos de vida, avançam para superar problemas advindos do sistema capitalista, unificando pautas e lutas que combatem diversas questões, como as injustiças sociais, entre outras. O estudo pode contribuir para diálogos, trocas de saberes e respeito às comunidades tradicionais, aos povos originários e à filosofia de Vida do Bem Viver, além de outras alternativas sistêmicas que visam corroborar para caminhos de mudanças de rumo.
Palavras-chave: Pós-desenvolvimentismo; crise civilizatória; alternativas sistêmicas; saberes ancestrais
Abstract
Several were the crises that presented themselves and were strongly crossed by civilization within a complex reality resulting from an exploitative capitalist system and its various unfoldings. In this context, this article aims to analyze the semantic field of the concept of “Good Living” in the light of the Constitutions of Ecuador, Bolivia and in Brazil the rights of indigenous peoples. The methodology is based on a critical-theoretical review, bibliographic and documental survey, and experiences in those countries. The results point to the post-developmentalist models and proposals and systemic alternatives that have emerged in recent years and break with hegemonic growth at all costs, as well as the concept of Good Living, which can be considered as one of the systemic alternatives to hegemonic development and problems generated by the crisis of civilization, among many others, to change course. The native peoples and the traditional communities, with their ancestral knowledge and their ways of life, advance to overcome problems arising from the capitalist system, unifying agendas and struggles that combat social injustices, among others. The study can contribute to dialogues, exchanges of knowledge and respect for traditional communities, the native peoples and the philosophy of Good Living, as well as other systemic alternatives that aim to corroborate ways of changing the course of society.
Keywords: Post-developmentalism; civilization crisis; systemic alternatives; ancestral knowledge.
